vejam o trailer de Guerra Civil
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
sábado, 7 de novembro de 2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Por
Unknown
Bom, pessoas, meu nome é Adauto, mais conhecido como Adal, tenho 18 anos e agora faço parte do "Livro de Resenhas". O meu trabalho aqui vai ser meio diferente do dos outros autores, eu trabalho com artes (desenhos, origamis, qualquer coisa que eu tiver ideia), também gosto de escrever, mas só vou trabalhar, aqui, com artes mesmo. Pretendo postar toda quarta-feira, eu sempre faço coisas novas toda semana, então vou tentar mostrar as que ficarem mais legais e, bom... sou ruim com palavras, então vou mostrar um pouco do meu trabalho. São só três fotos, mas espero que gostem do que eu vou apresentar.
Eu desenho em pixel, esqueci de explicar isso hehe. Esse é o meu diferencial. |
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Contos de água e sal #1 Victor e a indiazinha do cerrado
Por
Unknown
Victor e a indiazinha do cerrado
Victor estava novamente passando um dia de férias sentado à beira de um riacho, no interior de uma pequena cidade de Minas Gerais. Esporadicamente, ele visitava a fazenda de seu tio, dono de uma criação intensiva de gado, para brincar com seu primo, Davi. Todavia, seu primo havia achado um outro amigo com quem brincar neste dia, e se encontrava na cidade vizinha.
Para não perder a viagem, Victor foi caminhar no cerrado, pelo entorno da fazenda. Subiu por uma trilha, que curiosamente foi sumindo conforme ele andava. Chegando ao topo, se deparou com a cabeceira de um rio, que desaguava num riacho poucos metros abaixo, e não pensou duas vezes para se despir e pular nele. Boiando, virado para o céu, pensando na morte da bezerra, nem chegou a notar as sangue-sugas que se acoplavam ao seu corpo. Quando percebeu, correu de súbito para a margem, arrancando uma a uma as sangue-sugas, que deixavam um rastro de sangue em seu corpo.
Acauã, uma pequena índia de cara pintada, que vivia por perto, observava o estranho garoto na encolha, detrás das folhagens do cerrado, todo ensanguentado e pelado. Astutamente, recolheu algumas folhas que aceleravam a cicatrização e correu para entregá-las ao menino. Assustado, Victor deu um pulo, cobrindo-se por vergonha. Não tinha noção de que a indiazinha não ligava para um corpo desnudo, mas se preocupava em ajudar aquele que se punha em sua frente.
A indiazinha cobriu seus ferimentos com as folhas de cajueiro, enquanto o garoto sorria de volta, em gratidão. Palavras não lhes eram necessárias, eles já eram amigos a partir do momento em que se olharam.
- Vem, vamos brincar - disse Victor, esperando que sua nova amiga o entendesse. Ela, assentindo com a cabeça, correu junto com ele, pelo cerrado. As horas já não passavam como pequenas gotas de mar caindo numa ampulheta, no entanto, como jatos de ar expelidos pela baleia. Logo entardeceu. O pôr do sol era o sinal de que ambos deveriam se despedir. Acauã, com ternura, largou um doce beijo no rosto de Victor, que lhe respondeu com um abraço e um até logo.
As memórias da pequena índia ainda são frescas em sua memória. Victor, hoje em seus últimos resquícios da vida, não parava de lembrar de tal antiga história, caindo no mundo de sonhos, adormecido à espera de um novo pôr do sol.
- Olá, velha amiga. Senti sua falta.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Resenha do livro A jogadora de go
Por
Unknown
Título: A jogadora de go
Autor(a): Shan Sa
Editora: Rocco
SINOPSE
O go é um jogo de tabuleiro que surgiu na China há cerca de quatro mil anos. 'A jogadora de go' traz a história de uma estudante chinesa de 16 anos conhecida por ser imbatível no masculino mundo do go. Na praça dos Mil Ventos, a moça busca um adversário à sua altura. Imersa em seu tabuleiro e alheia à realidade que a cerca, acabou sendo apelidada por suas colegas de escola como 'a estrangeira'. Um obstinado soldado japonês em missão na China, cumprindo ordens superiores, vai até a praça dos Mil Ventos para descobrir se um ideal revolucionário se espalha pelos jogadores de go. Disfarçado, senta à frente de um tabuleiro e espera que alguém se aproxime. Ele é "o desconhecido". Ao redor de uma mesa de go, a estrangeira e o desconhecido se transformam em habilidosos oponentes. Os dois se tornam mais íntimos a cada nova rodada e, do jogo nasce um amor que só será capaz de seguir em frente dentro daquele universo lúdico.
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
sábado, 3 de outubro de 2015
Bienal do livro - 2015
Por
Eous Akidalia
Olá pessoal, tudo bem com vocês? Eu sei que ando muito sumido, mas é que estou bastante ocupado / sem criatividade alguma, essas são minhas sinceras desculpas.
Vamos ao que interessa. Nesse ano a bienal mostrou ser bem interessante em comparação com as outras edições; tanto em questão de preços, quanto de livros novos. Mas, em minha humilde opinião, deixou a desejar no quesito escritores, na penúltima bienal veio até mesmo Nicholas Sparks, na antepenúltima veio a titia arroz (Anne Rice), confesso que esperava que George RR Martin viesse à bienal deste ano, tristeza.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Vamos questionar? #2 Suicídio: vale a pena se arriscar?
Por
Unknown
Após muito tempo isolado do mundo, preso nas colinas para estudar, cá estou de volta, ainda não com tudo, pois Enem ainda vem aí, mas poderão contar mais com a minha humilde presença no blog.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
sábado, 22 de agosto de 2015
O Renascer do Outono - Capítulo VIII
Por
Unknown
Olá pessoal. Cá está mais um capítulo, dessa vez, Anne é nossa protagonista temporária.
Como sempre, cá estão os capítulos anteriores:
Prólogo, Capítulo I, Capítulo II, Capítulo III, Capítulo IV, Capítulo V, Capítulo VI, Capítulo VII
Prólogo, Capítulo I, Capítulo II, Capítulo III, Capítulo IV, Capítulo V, Capítulo VI, Capítulo VII
sábado, 15 de agosto de 2015
O Renascer do Outono - Capítulo VII
Por
Unknown
Olá novamente, pessoas! cá está o capítulo VII do livro. Meio grandinho, mas não liguem, espero prender vocês até o final.
Como sempre, seguem os links dos capítulos anteriores:
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
terça-feira, 11 de agosto de 2015
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
A família Maldita - Capitulo 3
Por
Eous Akidalia
Capitulo
3
Interceptado
pela primeira vez.
Toc, toc, toc. Todos se sobressaltaram com a leve
batida na porta.
- Pode entrar?
– Disse Abel
Era Joana,
esposa de Max.
- Bom dia,
amores! – Disse Joana, dando um selinho em Max, e beijando a testa de Alex, seu
filho e Eduardo, seu sobrinho. Em Abel, Joana beijara cada bochecha, dizendo
para Max logo em seguida: - Obrigada, por fazer o café da manhã, assim vai me
deixar mal-acostumada. Por que você não me acordou para comermos juntos? Enfim,
- Disse sem esperar por uma resposta - eu terei que sair, vou ao salão arrumar
meus cabelos, Denise, minha irmã, chegará aqui no Rio de Janeiro daqui a uns
dois dias, e prometi fazer uma confraternização, uma comemoração dependendo das
respostas que os diretores derem.
Denise,
esposa de Abel, era uma agente bancária, que tinha um sonho em ser escritora,
depois de cinco anos tentando, conseguiu escrever um livro que uma editora
quisesse publicar, livro que virou best-seller e permaneceu seis semanas em
primeiro lugar de vendas no Brasil e no mundo. Agora, Denise viajou até
Hollywood, a fim de convencer um diretor de cinema para adaptar seu livro em um
filme.
- O cartão de crédito está no quarto, se foi
isso o que veio me pedir – Max disse, rindo.
- Não é isso,
seu bobo! Só vim lhe dizer onde estava indo, até porque eu tenho meu próprio
dinheiro. E o que todos vocês estão fazendo aqui?
domingo, 9 de agosto de 2015
O Filho do Corpo - Capitulo 1 - Espécime
Por
Unknown
Olá, viciados em livros,^^ hoje é dia de postagem. O primeiro capitulo de "O filho do corpo", direto do forno da edição, espero que gostem! Boa leitura!
sábado, 8 de agosto de 2015
O Renascer do Outono - VI
Por
Unknown
Olá novamente, cá está mais um capítulo do meu livro.
Para quem não leu os capítulos anteriores, seguem os links:
Prólogo, Capítulo I, Capítulo II, Capítulo III, Capítulo IV, Capítulo V
Para quem não leu os capítulos anteriores, seguem os links:
Prólogo, Capítulo I, Capítulo II, Capítulo III, Capítulo IV, Capítulo V
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Esse é o meu adeus!
Por
Eous Akidalia
Entre lágrimas e gritos de
agonia, criei esse blog...
Terminei a escola um pouco cedo
demais, três meses em casa e meus pais já surtaram achando que iriam me
sustentar pelo resto de suas vidas. Eu estava entrando em depressão profunda,
não tinha muitos amigos, vivia preso em casa lendo livros, meus pais e todos ao
redor me odiavam. Não conseguia emprego e isso piorava minha situação!
Lembro-me, ainda, que quando
criei o blog, eu sentia a depressão escorrer pelo meu rosto, meus olhos estavam
vermelhos e meus ouvidos não aguentavam os gritos de minha mãe. Meu primeiro
post foi a resenha do livro o substituto da escritora Brenna Yovanoff, o li
duas vezes. Contava a história de um menino de um ‘outro mundo’ que fora
colocado no berço de uma família enquanto o filho verdadeiro fora morto...
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
domingo, 2 de agosto de 2015
Nova autora no Blog
Por
Unknown
Eu estou muito animada (galera, o Blog não morreu e está bem longe disso), eu irei postar aqui, todos os domingos, os capítulos do meu livro " O filho do Corpo" e espero poder superar as expectativas dos leitores e transformar aquele domingo chato em uma boa experiência !
O Renascer do Outono - V - Cristina - O conto de um menino sem rumo
Por
Unknown
É
gente, desculpem. Sei que atrasou, mas o capítulo de hoje é extremamente
gigantesco, então demorei um pouco mais para digitar. Bom, como sempre para
quem não leu os anteriores, seguem os links:
Embora
o capítulo seja de Cristina, quem inicia a narração é o Raven, caso fiquem
confusos. Após os asteriscos é que ela começa a narrar. Boa leitura pra vocês!
sábado, 1 de agosto de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
A Família Maldita - Capitulo 1 - Lembranças desgastantes de um passado sombrio
Por
Eous Akidalia
Enquanto o último resquício de luz solar desaparecia do universo, Max encarava seu filho, Alex, e se lembrava de um passado bastante tétrico, uma parte de sua vida que ele se esforçava para esquecer, no entanto, aqueles meses execráveis entravam e impregnavam suas lembranças, trazendo uma saudade de ínfima espécie, por todas as pessoas que, antes de morrer, sofreram na pele toda a desgraça e o sofrimento que um mundo paralelo, entrelaçado com o amor proibido, trouxera em suas vidas.
O Renascer do Outono - IV - Vaughan - Um romance perdido
Por
Unknown
Olá
novamente, pessoas! Mais um capítulo do livro, este, continuação do prólogo,
que alguns estavam procurando ligação com a história.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
sábado, 18 de julho de 2015
O Renascer do Outono - III - Christopher - Maldição
Por
Unknown
Então pessoal, antes de lerem, vou explicar como funciona o livro. Daqui pra frente, diversas vezes vocês verão outras narrativas e, quando for o caso, colocarei o nome do personagem que será o narrador. Quando eu não colocar o nome do personagem, é porque é apenas o Raven. Bom, aproveitem a leitura.
Se não leram os anteriores, cliquem aqui para ler o Prólogo, aqui para ler o Capítulo I, ou aqui para ler o capítulo II.
Então pessoal, antes de lerem, vou explicar como funciona o livro. Daqui pra frente, diversas vezes vocês verão outras narrativas e, quando for o caso, colocarei o nome do personagem que será o narrador. Quando eu não colocar o nome do personagem, é porque é apenas o Raven. Bom, aproveitem a leitura.
Se não leram os anteriores, cliquem aqui para ler o Prólogo, aqui para ler o Capítulo I, ou aqui para ler o capítulo II.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
You Can Do Better Than That
Por
Sweet Cake
Você é só mais um nesse mundo para todos os meros mortais que existem na face da Terra. Tendo isso em mente, não faça nada ainda. Não se deprima. Mesmo que isso seja a cruel verdade, há outra que é melhor: Para alguém nesse mundo, você não é só mais um. Você representa o mundo para ela.
Há alguém que todo dia, ao acordar, só se levantará da cama porque sabe que você estará por ela quando precisar.
Há alguém nesse mundo que todo dia, ao dormir, tem pesadelos esquecidos ao pensar na pessoa que mais a ajuda em tudo.
Há alguém nesse mundo que não verá as coisas como elas são, mas como elas realmente devem ser.
Quando ficar triste, lembre-se: Você viverá uma vida toda sendo um fracassado, mas morrerá como um herói. Não pelo o que fez ou que deixou por aqui, mas por ter aguentado todos os tipos de sofrimento possíveis, sem pensar em fugir.
Não desista de você...
Há alguém nesse mundo que não verá as coisas como elas são, mas como elas realmente devem ser.
Quando ficar triste, lembre-se: Você viverá uma vida toda sendo um fracassado, mas morrerá como um herói. Não pelo o que fez ou que deixou por aqui, mas por ter aguentado todos os tipos de sofrimento possíveis, sem pensar em fugir.
Não desista de você...
sábado, 11 de julho de 2015
O Renascer do Outono - II - Compunção
Por
Unknown
Como prometido, mais um capítulo do livro.
Se não leram os anteriores, cliquem aqui para ler o Prólogo, ou aqui para ler o Capítulo I.
Se não leram os anteriores, cliquem aqui para ler o Prólogo, ou aqui para ler o Capítulo I.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
quinta-feira, 9 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
segunda-feira, 6 de julho de 2015
domingo, 5 de julho de 2015
O Renascer do Outono - I - O adeus de uma mórbida
Por
Unknown
Bom
dia, boa tarde ou boa noite, seja lá a hora que estiver lendo. Peço desculpas
pelo pequeno atraso do capítulo, mas participei ontem de um evento, sobre o
qual falaremos mais tarde.
Capítulo I
O adeus de uma mórbida
Róvia era uma pequena cidade, localizada no
interior de Westernia e lugar onde meus pais foram criados. Sempre que passava,
mesmo que distante de tal lugar, sentia calafrios; meu peito doía, ouvia uma
voz que me ordenava a voltar, fugir. Meus pais e eu, esporadicamente, fazíamos
uma visita ao meu tio, e mais uma vez, meu pai decidiu que iríamos o visitar,
com o pretexto de que ele estava doente. Dave, meu tio, nos mandara uma carta
havia dois dias, falando a respeito de Victor e uma insólita
"incorporação"; antes que eu finalizasse a leitura da carta,
Christopher, meu pai, tomou-a de mim.
Partimos então, rumo
à Róvia, onde tive de passar novamente pelo terror psicológico. O céu estava
agora negro, um clima pesado pairava no ar, a lua se escondeu dentre as nuvens,
as estrelas começaram a sumir, uma a uma. Conforme chegava perto de Róvia, mais
árvores apareciam; quando olhava para elas, via uma expressão de dor, havia
rostos estampados e marcados em seus caules.
- Pai, o que são
esses rostos nas árvores? - Perguntei, amedrontado.
- São as faces dos
antigos recipientes, filho - respondeu.
O que ele quis dizer
com recipientes? Pensei em perguntar, todavia, não tive coragem ao ver a
tristeza em seus olhos, que já não notavam mais a nossa realidade. Então apenas
ignorei o que fora dito e fui na frente para a casa do meu tio, que já podia
ser vista no caminho.
Chegando à casa de
Dave, ignorei-o passando por debaixo de suas pernas quando ele abriu a porta e
corri para as escadas, que ficavam de frente para o quarto de Victor, meu primo.
Quando crianças, brincávamos junto aos animais da fazenda diariamente.
Entretanto, após um tempo, meu pai arrumou um emprego em Vernint - cidade ao
leste de Róvia -, para onde tivemos de nos mudar. Passaram-se apenas dois anos,
mas foram suficientes para a personalidade de Victor mudar. Sua feição estava
absurdamente alterada, vestindo-se como um pequeno marginal, com feridas por
todo o corpo e uma língua afiada.
- E aí, Ray! Como
tem passado? - Perguntou.
- Victor? É você
mesmo? O que houve? Está cheio de feridas e hematomas - tentei ignorar as
roupas -, sua mãe não tem cuidado direito de você? - Perguntei.
- Não, Ray. Estas
são provas de que sou um HOMEM! - Gritou. - Deveria arranjar logo as suas -
sugeriu.
- Agradeço a oferta,
mas não, obrigado. Minha tia Olívia deve ter feito algo... deve ser sobre isso que meu pai falava com a minha mãe durante aquela
noite - pensei. - Bom, vim aqui lhe cumprimentar, mas tenho que ir ao
mercado com o meu pai. Vamos comprar os ingredientes para a “Sopa M”.
- Ah, ok. Pensei que fôssemos brincar. Vou te
esperar então, Ray! Até mais - Victor empurrou-me do quarto e bateu a porta.
Meus pais estavam
conversando com meu tio, mas ao me verem descer, pararam.
- Aí está você,
Raven! Venha cá dar um abraço no seu tio - Dave abriu os braços esperando que
eu o atendesse.
- Vamos pai, já está
ficando tarde. Daqui a pouco o mercado fecha! - Ignorei novamente meu tio.
- Tudo bem filho, me
espere lá fora e, em um minuto irei atrás.
- Vou aproveitar que
estou de volta e irei visitar minhas antigas amigas da escola - disse Cristina,
minha mãe, levantando-se do sofá e beijando Chris.
Tia Olívia estava em
seu quarto, arrumando-se para uma festa que teria no Centro. Não demorou muito
para meu pai sair e logo fomos ao mercado.
***
Olívia, minha tia,
costumava ser uma jovem feliz e carismática - como dizia a minha mãe -, porém,
após a morte de sua mãe, mudou de figura. Passou a maltratar Victor; não o
presenteava em datas comemorativas e o ignorava quando ele precisava de ajuda.
Tudo o que Olívia fazia para Victor era ler uma boa e velha história para que
ele dormisse. Tornou-se uma esposa controladora e egoísta.
- Venha aqui,
cafajeste! Hoje haverá uma festa no Centro, e quero estar linda para a ocasião!
Quem sabe surge algum milionário com olhos em mim... - sugeriu Olívia, irritada
pela falta de resposta de Dave.
- Às vezes essa
vadia passa dos limites... - Dave resmungou, tentando evitar uma discussão pela
extrema falta de respeito de Olívia. - Mesmo
após tantos anos, arrependo-me profundamente pela aposta que fiz na
adolescência - pensou.
- Onde estão os dois
mil? Vai me dar o dinheiro para que eu possa comprar meu vestido, ou posso ir
nua? - Gritou Olívia, tão alto, que os vizinhos puderam ouvir tamanho desaforo.
- Nua? - Dave tinha
uma expressão assassina, pela raiva que já o dominava. - E o que você vai
mostrar? A banha cobre toda a sua maldita xana arrombada, teus seios caídos
chamam apenas a atenção de um boi e tua bunda enorme e entranhada serve apenas
para acabar com o meu vaso sanitário. Chega de querer mandar em mim! Agora
entre e vá cuidar de Victor, pois hoje à noite irei caçar, e não quero lhe ver
fora de casa, em hipótese alguma. Escutou, vadia? - Disse Dave, impondo
autoridade.
- Tudo bem...
Abatida com as
atrocidades, sem poder rebater, Olívia entrou, bateu a porta, raivosa e subiu
as escadas para o quarto de seu filho. Toc, toc. Victor animou-se com as
batidas na porta, afinal, achou que se tratava nada menos que uma das histórias
de sua mãe.
- Posso entrar,
querido?
- Claro que sim,
mamãe! Conte-me uma história! - Gritou Victor entusiasmado.
- Shh! - Olívia
levantou bruscamente seu dedo indicador, levando-o até seus lábios. - Vejo que
seu primo teve uma viagem longa e cansativa até aqui, já está até dormindo.
Vamos o respeitar e fazer silêncio.
Víctor tentou dizer
que seu primo não estava ali, mas logo foi interrompido por sua mãe.
- Perdoe-me, Victor,
não poderia dormir hoje sem ouvir uma história?
- Hoje vai ser dia
da sessão de homenzinho? Vou ganhar mais sangue? - Sorriu Victor.
- O que está dizendo
Victor! Já disse que nunca mais faria aquilo de novo! Sobre a história... não
estou com um bom humor a ponto de criar uma. Prometo que amanhã lhe contarei
duas histórias, isto é, se estiver disposto a ouvir ambas! - Disse Olívia,
apertando as bochechas de Victor, com uma expressão melancólica.
Victor levantou-se
da cama, dando um forte abraço em sua mãe, que se sentia profundamente abatida.
- Tudo bem, mamãe.
Sei bem como se sente, mas não fique assim por causa do meu pai. Eu sei que um
dia ele irá lhe amar até mais que ama a tia Cristina! - Disse Victor,
acariciando delicadamente o rosto de sua mãe.
Olívia ficou pasma
com a resposta do filho, e começou a o encarar friamente.
- O que... o que
houve mãe? - Gaguejou, nervoso. - Por que essa cara? - Perguntou Victor,
assustado, já que não sabia a gravidade do assunto, pois tinha apenas seis
anos, dois a menos que seu primo, Raven.
- Agora você vai
esclarecer tudo, mocinho! Quem lhe disse tamanha banalidade? - Questionou
Olívia, com os olhos arregalados, rangendo os dentes.
- Ouvi meu pai
conversando com o tio Chris, lembro exatamente de cada palavra.
"Christopher, quero que você saiba que mesmo tendo perdido aquela aposta,
ainda não desisti de Christina, eu ainda a amo!".
- Então seu pai
disse isso? - Olívia perguntou, segurando as lágrimas. - Eu já havia me esquecido disso, achei que ele tivesse aprendido a me
amar. Mas vejo que estive errada todo este tempo - pensou. - Agora vá
dormir, meu filho, preciso ir a um lugar.
Ela se levantou da
cama e apagou o abajur, enquanto Victor se deitava e fechava vagarosamente suas
pálpebras, impedindo seus olhos azuis de ver qualquer presença de luz.
Olívia, ligeiramente,
foi ao seu quarto para se trocar. Desta vez, ela iria ao encontro de Dave;
exigia uma explicação para tal aposta ainda ser questionada. Porém, esta foi a
pior decisão que ela poderia tomar.
- Boa noite, querido
- Olívia sussurrou ao abrir a porta do quarto de seu filho, logo após a fechou
vagarosamente. - Hoje seu pai irá finalmente me ouvir - disse, encostada na
porta, soltando um forte suspiro.
Ela correu seguindo
a trilha que Dave sempre usava, conhecia cada passo de seu marido; sabia que
ele iria ao sul da floresta, perto de uma cabana, e ela estava certa. Ele
estava na área central de um bosque.
- Dave, desculpe-me
por ter saído de casa sem permissão, mas preciso falar com você - disse Olívia,
ofegante.
- O que você está
fazendo aqui? Volte o mais rápido possível, antes que seja tarde!
- Não posso esperar
nem mais um segundo para saber. Dave, me responda com sinceridade. Você
realmente me ama?
- Volte para casa,
Olívia! Não tenho tempo, nem forças,
de lhe dizer nada agora. Prometo que tudo será esclarecido quando eu voltar
para casa, mas, por favor, volte! - Gritou, começando a ficar alterado.
- Não! Apenas me
responda! Aproveite agora que está com esta espingarda e decida, acabe com seu
sofrimento ao meu lado - lágrimas começaram a escorrer de seus olhos, - eu sei
que você sempre amou Cristina, jamais me olhou nos olhos quando falava de amor;
sempre me olhou como uma substituta dela! Só está comigo por azar, por uma
aposta! Apenas responda, se me ama, volte para casa comigo. Mas se não, acabe
com esse sofrimento e atire! - Olívia lançou um olhar penetrante sobre Dave.
- Por favor, Olívia,
vol - Dave foi bruscamente interrompido, começou a falar com um tom de voz
diferente, como se estivesse possuído. - Não vai voltar, não é, sua puta? Vou
lhe dizer a verdade. Sim, eu sempre amei Cristina; e não, não vejo mais você
como substituta para ela, afinal, ela é magra, linda, meiga e gentil, e você,
nada mais que uma bola de sebo - Dave tentou retomar o controle sobre si. - Não
o escute, Olívia, volte logo para casa. Rápido! Antes que ele tome o controle
novamente!
- Não, não, não!
Quer dizer que tudo que eu mais temia era verdade? Se você não me ama, não
quero mais viver. Se eu não morrer pelas suas mãos, eu mesma me matarei! -
Olívia correu na direção de Dave com os olhos fixos na espingarda.
- Fique onde está
Olívia! Não venha! - Dave tentou fugir, mas não conseguia mover suas pernas.
Olívia agarrou a
espingarda, apontando-a para seu peito.
- E então, o que vai
ser? Você me matará ou terei de fazer isso? Basta puxar o gatilho e estará
livre de mim. Vamos, atire seu desgraçado! Rápido! - Gritou Olívia.
Dave olhou
ternamente para os olhos de Olívia e, vendo que ela estava realmente
determinada a morrer, começou a chorar desesperadamente. Sabia que agora sim,
sua esposa não poderia escapar do cruel destino que a aguardava. Ele sabia que
seria dominado novamente e isso logo aconteceria.
- Queria, ouça-me.
Mesmo amando outra mulher, os anos que passei ao seu lado foram ótimos. Rimos,
choramos, passamos por diversas dificuldades, mas as superamos. Saiba que se eu
não houvesse conhecido Cristina, meu coração seria só seu. Tivemos um lindo
filho juntos, eu já estou perdido para a destruição. Não quero que trace o
mesmo destino que eu. Quero que cuide de nosso filho, então... - Dave foi
subitamente interrompido por um disparo. Olívia havia puxado o gatilho.
- Desculpe-me, não
posso criar nosso filho nesse estado lastimoso. Ele deveria ser o fruto do nosso
amor, mas... - Olívia não aguentou ficar de pé e caiu ao chão. Dave encarava
com lágrimas nos olhos sua esposa estirada, num estado deplorável, e foi com um
pesar que viu um fio de sangue sair de sua boca, serpenteando pela bochecha,
marcando sua última força de vida, que se agarrava com vigor em seu corpo. -
Você jamais me amou. Ele não merece isso, não merece uma mãe mal-amada - Olívia
forçou a voz e tossiu, não conseguiu dizer mais nada. Dave se abaixou,
acariciando seu rosto, surpreendendo-se ao ver o esforço que esta fazia, ao
puxá-lo para perto e dar-lhe o último beijo. - Adeus.
O sangue no peito de
Olívia começou a transbordar. Dave, horrorizado, levantou-se e recuou.
Desolado, tentou fugir, mas foi impedido por uma voz.
Então
é isso, pessoal. Para os que não entenderam o motivo dos asteriscos, foi para
mostrar que Ray agora é um narrador-observador.
sábado, 27 de junho de 2015
Resenha e resumo de Hemlock Groove
Por
Eous Akidalia
"Deus não quer que você seja feliz, ele deseja que você seja forte."
O Renascer do Outono - Prólogo
Por
Unknown
Bom dia, boa tarde ou boa noite (seja lá a hora que você estiver lendo). Então, pessoal, como prometido, o Prólogo do livro. Vou publicar todos os sábados, até às 12h.
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Novo autor no Blog
Por
Unknown
Bom dia, boa tarde ou boa noite (seja lá a hora que você estiver lendo). Me chamo Adriano Gomes, tenho 16 anos e gosto de ler. Em fim. Não estamos aqui para falar de mim, mas para falar sobre meu livro - A maldição do bosque de Róvia - que irei postar aqui, capítulo a capítulo, uma vez na semana. Não percam!
O primeiro livro da trilogia, intitulado O Renascer do Outono, fala sobre uma maldição (obviamente), que será herdada por Raven, o personagem principal - embora às vezes não demonstre ser - e seu primo Victor. Lembrando, para quem vier a ficar confuso futuramente, que é uma estória atemporal, ou seja, não segue uma ordem cronológica fixa, já que haverá capítulos em que viajaremos no tempo à época dos pais de Raven e Victor, afinal, sem o passado, não há explicação para o presente! Sem mais, segue a sinopse:
sexta-feira, 19 de junho de 2015
sexta-feira, 6 de março de 2015
Historia I - Antiguidade Oriental (Mesopotâmia)
Por
Eous Akidalia
Os povos mesopotâmicos eram politeístas, o que não é muito comentado é que esse fato se deve à:
1 - Da mesma forma como adoramos somente a Jesus (monoteístas), somos gratos por ele ter dado sua vida para nos resgatar do pecado, nossa sobrevivências dependeu disso.
2 - Sabendo disso, a sobrevivência dos Mesopotâmicos se deviam a cheias dos rios Tigre e Eufrates, que fertilizavam o solo tornando-o propicio a agricultura, mas para uma plantação dar certo é necessário o sol, o vento e vários outros fenômenos naturais. A sobrevivência deles, por terem uma economia agropastoril, dependia de vários elementos da natureza, ou seja, eles adoravam a vários deuses. ( deus do sol, da água...)
quinta-feira, 5 de março de 2015
Vamos estudar para o Enem? -
Por
Eous Akidalia
Meus queridos pecadores, vocês tem notado que ando meio ocupado, ok! Eu sei que vocês não sabem de nada e nem se importam comigo! kkkk O caso é, eu estou! Meu sonho é passar em medicina em uma universidade publica. Nem preciso dizer que quanto mais estudo, mais matérias se acumulam! estava querendo começar o blog, mas como? Eu preciso estudar! Resolvi estudar e dar continuidade ao blog ao mesmo tempo! Vamos dividir conhecimento?
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Possível retorno ao Blog?
Por
Eous Akidalia
Tenho passado por uns bons demônios em minha vida, o pior deles é a luta árdua de você vencer na vida e ter responsabilidade, sempre fui o mais novo de tudo o que eu fiz. Atualmente estou trabalhando em um hospital e lá eu tenho crescido e amadurecido de uma forma assustadora.
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