Tempo e destino
Quem nunca passou por aquela situação desconfortável,
onde teve que pôr alguém em sua frente, mesmo precisando mais? A vida dura e
injusta continua a nos testar, maculando nosso tempo com suas artimanhas,
incrementando à beleza do universo seus jogos do destino. Mas o destino, será
verdade? Realmente, deve-se acreditar que a vida é algo premeditado, pelo qual
não há direito de mudar? “O tempo e o
imprevisto sobrevém a todos”, tem sido um texto bíblico o qual tenho
questionado (Eclesiastes 9:11). Não faço desta uma leitura religiosa, todavia,
humildes palavras um tanto filosóficas.
Vamos guardar um pouco o destino e falar sobre tempo. Sim,
uma grandeza física de difícil compreensão, dito por muitos uma quarta
dimensão. Uma grandeza incompreendida, sem definição. Será este o amante do
destino, controlando nossas vidas durante um longo caminho? Bom, não sou de
tanto um físico, muito menos um filósofo ao vir citar tais palavras, porém, as
teorias do universo vêm me comovendo de uma forma surpreendente, mostrando
infinitas possibilidades, as quais nem sonhamos em provar. Será que andamos
numa fita já gravada e vivida sem podermos mudar de direção?
Acredito no famoso “efeito borboleta”, onde a cada
escolha diferente que fazemos – a qual geraria um futuro diferente sendo feita de
outra forma –, é criada uma linha temporal paralela à nossa. Mas, vamos fazer
um link à algumas crenças, não minhas, no entanto um tanto polêmicas.
Reencarnação: fato ou não? Bom, como toda doutrina, é claro que a reencarnação
tem uma base forte, mas como toda coisa desconhecida e improvada na natureza,
continua a ser apenas uma teoria. Em meus estudos, tenho notado que ela é cada
vez mais impossível, afinal, ciência e Bíblia tem tido grande afinidade
ultimamente, mostrando que “qualquer semelhança é mera coincidência”. Genes,
cromossomos, cor dos olhos, pele, cabelos: passados de pessoa em pessoa; uma
hora iria nascer alguém bem parecido com seu bisavô, ou mesmo um tio falecido.
Como haverá a ressurreição se as “almas” estão sendo reutilizadas num eterno
ciclo? E ainda mais, ligando ao tempo, como seria possível reencarnar em meio a
diversas linhas temporais? A resposta não cabe a mim, mas à sua capacidade de
questionar e pesquisar.
O que será que nos move a continuar nossa jornada em
um sistema desigual, numa verdadeira bagunça? Imagino se aqueles que acordaram
ainda mantém sua sanidade. Mesmo nos questionando sobre algo irrelevante como
destino, alguns ainda percebem que sim: ele existe. Não como sua pura definição,
mas como uma trilha montada por aqueles que, normalmente, não têm direito algum
sobre ela. Fica a pergunta: questionar e mudar ou aceitar?
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