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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Resenha de Orange is the New Black


Título original: Orange is the New Black

Criadora: Jenki Kohan (baseado no livro de Piper Kerman)
Sinopse: Piper Chapman é uma mulher na casa dos 30 anos, que é sentenciada a 15 meses de prisão por um crime que cometeu há quase dez anos. Ela transportou dinheiro para sua namorada, que era uma traficante internacional.
Ano: 2013

Resenha: A série começa com Piper (Taylor Schilling) indo à uma prisão para mulheres, junto com seu noivo Larry Bloom (Jason Briggs), para se entregar. Até então, ela escondia dele um passado bastante obsceno, rodeado por dinheiro, viagens pelo mundo, drogas, entre outros ‘prazeres da vida’. Poucos sabem, mas a história de Orange is the New Black (OITNB) foi inspirada na história de Piper Eressea Kerman, uma memorialista estadunidense, presa por lavagem de dinheiro. Como quase toda série, ou filme baseado na vida real, sua carreira criminal foi seguida e adaptada do livro de Kerman (Orange is the New Black: My Year in a Women’s Prision) por Jenji Kohan, mesma criadora de Weeds.


Na prisão, Chapman passa por maus bocados. Antes de tudo, vamos esclarecer que ela é, inicialmente, uma branca, loira e rica (será bastante judiada por isso), que resolveu, em seu pós-colegial, envolver-se com uma traficante internacional chamada Alex Vause (Laura Prepon), numa relação lésbica. Alex pede que Piper transporte o dinheiro para ela e, quando percebe estar sendo usada, Chapman abandona o negócio, numa péssima hora para Vause, que acabara de perder a mãe.


Ao chegar na prisão, ela conhece Mr. Healy, um psicólogo (o que ele acha que é, quando é apenas um assistente social) homofóbico, digo, hater das lésbicas. Ele deixa bem claro para Chapman que ela deve ter extremo cuidado com as lésbicas. Por falar em lésbicas, o aviso de Mr. Healy realmente foi efetivo, Chapman mal chegou e já virou alvo de "Crazy Eyes", uma lésbica 'especial', com problemas mentais, mas não admite que os tem. Não acreditem nela, ela é realmente loka, vive se estapeando. 

Na prisão, as primeiras coisas que Chapman fez foram reclamar. Ela acabou abrindo a boca na hora errada e na presença da pessoa errada. Reznikov (Kate Mulgrew) é a dona da cozinha e se vê ofendida pela loira rica, dando nela uma lição: ficar sem comida por alguns dias. Chapman quase enlouquece e, como se já não fosse o bastante, ela encontra sua antiga parceira lésbica, Alex, nessa prisão. Mesmo com suas briguinhas, Piper tentando a evitar, coisa e tal, todos já sabem o resultado né? Uma vez lesba, sempre lesba.


No início, Piper apenas sofre, correndo sempre que pode para a sala do Mr. Healy, todavia, após um tempo na prisão, ela aprende como as coisas funcionam e acaba se tornando fria e calculista. Claro, esta é a melhor fase dela e a vemos bastante na terceira temporada. Mas vamos falar um pouco das confusões. Chapman irritou uma macumbeira que se achava o novo Messias (louvemos ao Senhor). A mulher recebe dinheiro dos cristãos de fora, que acreditam que ela (uma presidiária que cometeu homicídio doloso) está pregando a palavra de Deus. Bom, Doggett vai fazer diversas ameaças à Chapman e, por fim, tentar matá-la por desrespeitá-la. Piper, claro, morre de medo inicialmente, mas quando ela resolve seguir o conselho das detentas, temos uma cena que mistura sangue e dentes de Doggett sendo arrancados à socos e, finalmente, Pipes Wins!

Outro momento crítico na série foi a disputa de poder das “mães”. Agora, Reznikov (Red) já não é mais dona da cozinha (foi acusada de tráfico de drogas e expulsa dela), mas assume a estufa junto com um grupo de velhinhas ‘inofensivas’. A negona que chegou para assumir e colocar as negras no poder foi a Vee, onde até então, havia um equilíbrio de poder “tribal”, dividido em brancas, negras, velhas e latinas. Enquanto Red usa um túnel para contrabandear guloseimas e outros produtos pedidos pelas detentas, trazidos por seu filho, Vee organiza seu contrabando de tabaco e, praticamente escraviza as negras. Por fim, vemos Vee tentando roubar o negócio de Red, até mesmo a espanca. Não vou falar muito sobre isso, mas foi, para mim, a melhor fase de OITNB – Taystee <3

Na segunda temporada, Alex e Piper são levadas ao tribunal. Vause quase implora para que Piper minta, mas no final, ela mesma diz a verdade, sendo solta, enquanto Piper volta para a prisão. A partir desse enredo, o que será que vai acontecer? É claro que Vause não se livraria de Piper (agora, na terceira temporada, fria e vingativa), na primeira oportunidade que vê de entregar Vause, Chapman pede para que sua melhor amiga, que por sinal a chifrou, a denuncie por querer sair do país. Bem-vinda de volta à prisão, Alex. 

Vou parar por aqui, porque já dei spoiler demais, embora não tenha dito as partes principais. Ao menos, devo atiçar sua curiosidade pela série. Ao contrário do livro, a série te prende, como não tive muito tempo, via 3 episódios por dia, mas a segunda temporada, consegui ver toda num dia só, sem enjoar. Já que é um original Netflix, você deve a encontrar toda lá, mas sempre há alternativas por fora.

Falando um pouco sobre o livro. É uma auto-biografia de Kerman, e os nomes dos personagens não são os mesmos, no entanto, a série é uma boa adaptação. Não dá pra ler aquilo rápido, embora tenha 300 páginas, a leitura é muito arrastada. Caso tenham a curiosidade de ler, paciência. Eu mesmo não a tive, não passei da página 40 até hoje e peço a Deus  todos os dias que eu consiga terminar logo. 

Bom, isso ficou praticamente um resumo da série com comentários, com exceção ao final ^^ Mas fica o conselho de uma amiguinha da Piper que logo vocês conhecerão e sua resposta: “Trust no bitch” (não confie em nenhuma vadia) – e a melhor de Pipes irônica – “Escreveu, não leu, o pau comeu”.

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