Eu estou muito animada (galera, o Blog não morreu e está bem longe disso), eu irei postar aqui, todos os domingos, os capítulos do meu livro " O filho do Corpo" e espero poder superar as expectativas dos leitores e transformar aquele domingo chato em uma boa experiência !
Nota rápida: Bem, desculpem por qualquer erro de ortografia, normalmente escrevo de madrugada no bloco de notas do meu humilde celular. Essa é a minha primeira estória oficial, a qual eu decidi publicar por aqui, espero que gostem e, se o caso for de acharem ruim, lixo ou porcaria, por favor me avisem ^^ , boa leitura! E força no dedinho que leva a próxima página.
Viver na escuridão não significa estar fadado a ela.
S.B
Prólogo
Me lembro muito bem dá última vez em que não
vi o mundo pela metade, minha família também, principalmente a minha mãe, quero
que ela se lembre desse dia, mas de outra maneira...
Era difícil levar minha bicicleta até o
morro, a subida era pequena, mas o corpo frágil do meu pai não parecia suportar,
ele detestava aquele lugar, mas eu adorava e tê-lo por perto, era bom, depois
de se separar da minha mãe, o único lugar onde nos encontrávamos era ali na
antiga casa do meu avô, cercada pela vegetação, ir até lá me fazia perder
qualquer medo. Aos poucos, tudo que rodeava a casa do meu avô se tornou meu
brinquedo preferido e meu refúgio.
Eu quase nunca via
meus pais juntos, mas quando se aproximavam, era como se a mata se incendiasse
ou se congelasse automaticamente.
O único local em que era possível andar de
bicicleta na época era a varanda, de onde inúmeras vezes eu podia escutar os berros.
Eu precisava do meu pai, mas a presença dele
se tornava quase inviável, quando não discutiam a indiferença entre os dois, incomodava-me,
manter-me distante da casa do meu avô e próximo ao mundo que a envolvia me
mantinha seguro. Mesmo temendo por nossa segurança, meu pai foi deixando cada
vez mais de passar os fins de semana conosco naquela casa, e voltamos ao ritmo
de apenas vê-lo uma hora por dia, durante a semana.
Antes de começar a passar todos os fins de
semana sozinho em uma outra casa, meu pai foi para um último round com minha
mãe, dessa vez, os gritos foram ouvidos além da varanda, eu segurava um besouro
que quase ocupava toda a palma da minha mão, ele estava morto, as formigas o
cobriam, mas seu corpo avermelhado havia chamado a minha atenção.
Eu nunca havia visto uma discussão dos meu
pais, apenas escutava atrás das portas, ou as ignorava, mas aqueles gritos me
assustaram de verdade, o enorme inseto morto, seguro em minha mão esquerda, lembrou-me
da coragem que havia cultivado naquele lugar e me levou a correr a toda, em
direção ao barulho, fui levado à porta da cozinha, tentei deter o meu passo,
pude ver dois pratos de vidro se chocarem no ar, junto com eles voavam as vozes
ferozes dos meus pais, facas e panelas, eu estava bem na porta onde meu pai
apoiava suas costas, na parede do lado esquerdo metade de seu corpo se
projetava para fora da cozinha, fazendo-me um ponto cego, se seu corpo não
estivesse inconscientemente me protegendo, talvez ao notar minha presença, minha
mãe faria a briga ter um fim, ou tudo teria sido pior, os fragmentos de vidro
brilhavam no ar, sendo refletidos pelo sol que entrava pela janela. Meu rosto
se retorcia em confusão, eu nem ao menos podia decifrar as feições daquelas
pessoas, meus punhos cerrados firmemente, meu corpo não me obedeceria, quando
pude erguer os meus braços, logo percebi que os tons de vermelho na minha mão
se misturavam...
***
Bem, esse é o fim desse capitulo, espero que tenham gostado, o próximo vai ser
mais suave, mas vou manter vocês curiosos ^^ se puderem, avaliem esse capitulo
e deem opiniões. Qual será o futuro dessa família, hein? :>
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