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domingo, 9 de agosto de 2015

O Filho do Corpo - Capitulo 1 - Espécime

Olá, viciados em livros,^^ hoje é dia de postagem. O primeiro capitulo de "O filho do corpo", direto do forno da edição, espero que gostem! Boa leitura!




















Capítulo 1

Espécime

   Desde de criança, me surpreendo com a capacidade humana e dos seres vivos em geral, tanto física, como mental. Entrar na faculdade e cursar Biologia parecia satisfazer o meu anseio quanto aos seres vivos, mas eu sinto que não posso entendê-los totalmente, a sua alma é realmente misteriosa, nem os melhores psicólogos conseguem compreender totalmente, seremos sempre surpreendidos por suas variações e possibilidades, observar o seres vivos é fascinante, essa maravilha criada por Deus, ou como um cientista diria: essas máquinas evolutivas, provavelmente nunca serão completamente entendidas nem mesmo através de grandes estudos, avaliações, exames científicos ou psicológicos, talvez em um futuro próximo os avanços e a junção das ciências nos leve a um maior entendimento de nós mesmo e dos seres vivos que habitam esse ecossistema.
   - Hmm... me parece um bom final pra tese... talvez um pouco exagerado, sonhador e fantasioso.
   - aaaah, não aguento ouvir ninguém lendo isso em voz alta. Isso que dá ser amiga de um psicóloga em formação... você começa a viajar igual a ela.
   - hmm?! Ah tá, agora a culpa é minha?
   - Só estou lendo sua "tese", não tenho nada a haver com isso.
   - Bem, sinceramente me lembrou algo que uma criança escreveria, você realmente tem criatividade.
   - Por que?!
   -Sabe, aquelas cartas, as que escrevemos pro Papai Noel, ou até poderia ser uma página de um diário de uma garotinha que curte ciências – Sarah começou a rir a cara dela de deboche antigamente me irritava, mas com o tempo me acostumei a sua mania de tentar me irritar.
   - Ah, nossa, eu não podia ter escolhido uma pessoa melhor pra avaliar minha tentativa de tese...
   - Nossa concordo plenamente com você. Sabe... eu estou brincando, mas acho que devia pôr os pés no chão enquanto escreve a tese, e de preferência, não usar nenhum tipo de droga.
   - A verdade é que você ainda tem tempo de fazer isso, você está no segundo semestre, logo logo sua tese vai surgir e fluir completamente.
   - Quem sabe você até me dá uma ajuda no meu livro de psicologia em um futuro próximo hein? Bem, vou pra casa, minhas aulas terminam por hoje. Boa sorte!
   - Obrigada ... humpf.

***

   - Bem, tenho uma boa notícia depois das chuvas torrenciais: o parque foi liberado, quero o relatório de cada um de vocês na quinta.
   - Professor, o dia?
   Eduardo era a mais falante das aulas, por acaso tínhamos muitas aulas juntos, ele fazia a ligação entre mim e as pessoas; e entre os professores e os alunos, sempre cheio de perguntas. Mas, estranhamente além dele a única amizade firme que eu cultivei na faculdade foi Sarah e ambos eu consegui sozinha.
   O professor recostou o quadril na mesa e respondeu a Edu, enquanto foleava o conteúdo de sua pasta.
   - Ora, aquele que foi combinado Quarta-feira, amanhã quem não puder ir e tiver mais o que fazer, sinto muito...
   Podia se sentir um ar de surpresa e decepção, eu já contava com isso, já tinha tudo arrumado há dias e havia chamado Sarah para ir como penetra, aproveitando para apresentá-la para Edu.
   Ela havia me contado sobre o parque, como tinha feito inúmeras visitas até lá, sinto que se ela, não tivesse optado pela psicologia teria escolhido Biologia e eu idem.

Quarta feira, 8:31 am

   - Léa?
   - Sim?
   - Quem é aquela garota com você?
   - O tom adolescente na voz de Edu me tirou dos meus pensamentos profundos imediatamente enquanto eu ajustava o foco da câmera.

   - Ah, ela se chama Sarah, é do curso de psicologia, bem... ela veio na minha mochila.
   - Não duvido nada olha o tamanho disso!
   - Sai! Eu sou uma pessoa preparada, seu Eduardo.
   - Trouxe a sua casa aí dentro?
   - Eu disse o mesmo pra ela!
   - A voz suave e madura de Sarah veio da direção das minhas costas, quando cheguei nas proximidades do parque com a turma da faculdade ela já estava à minha espera. Nos cumprimentamos rápido e seguimos atrás do grupo. Sarah permaneceu atrás e fez questão de que eu seguisse na frente com o grupo, apesar da minha hesitação ficar à frente, dava-me mais tempo para observar a paisagem e ficar atenta às palavras do professor.
   - Oi! A Léa estava escondendo você?
   - Não! Bem, eu já estive aqui algumas vezes, então não tenho medo de me perder do grupo, prefiro ficar atrás e admirar melhor.
   - Aliás, eu a sou Sarah sou do curso de psicologia, mas adoro isso aqui!
   - Eu sou o Eduardo, bem... como você pode notar, sou do curso de Biologia mesmo.
   - Hmm legal. É um prazer.
   - Beleza, nem precisei apresentar os dois, acho que agora o Eduardo vai apresentar você a turma toda, Sarah.
   O cheiro de terra molhada evidenciava o quanto a área da reserva havia ficado encharcada pelos dois dias de fortes chuvas.
   O parque era extenso, mas a maior parte da sua extensão era de campo aberto. As trilhas eram bem abertas pela manhã, tornava-se fácil a locomoção, apesar da vegetação rasteira ser composta por algumas plantas espinhentas com carrapichos.
   - Agora que você me apresentou a seu amigo um tanto animado e nós nos acomodamos, você pode me acompanhar até o banheiro natural?
   - Hmm, claro.
   Nos havíamos caminhado 1 km adentro do Parque, Edu se ofereceu pra ajudar Sarah e a mim com a mochila inúmeras vezes, até notar que não era capaz de aguentar nem ao menos a sua. Apesar de ser chamado de parque na reserva não havia bancos nem banheiros Químicos, ela ficava próxima a uma antiga pedreira fechada, e mais parecia largada à própria sorte.
   Sarah escolheu uma grande árvore, perto de um arbusto, para ficar a mais escondida possível, enquanto "regava a relva". Provavelmente, aquela seria a próxima parada do grupo, a aproximadamente cinquenta metros dali havia o que aparentava ser um rio, uma arvore de grande porte tinha parte de suas grandes raízes submersas, instintivamente me movi em direção a árvore perto do rio, atraída pela sua exuberância e a maravilha de ver um rio limpo, mas seu cheiro fétido logo me deteve. Logo, o movimento de insetos na água trouxe minha ambição por uma foto e por salvar a vida de algum dos insetos, vivos ou mortos, eles me serviriam muito, eles se debatiam em uma incansável busca pela terra firme, uma mão se estendeu a frente dos meus olhos,  nela havia um enorme besouro vermelho.

# Olá de novo ^^, o que acharam desse capitulo? Ele ainda não acabou. Espero que tenham prestado atenção nele e que tenham gostado, deixem suas opiniões mais sinceras e se tiverem gostado, deixem seus votos, que serão um sinal da aprovação de vocês, bjus até a próxima!

P.s.: De quem será essa mão? Esse capitulo possui duas partes, pois é bem extenso.

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