Livro de Resenhas | Veio ler? Não se contenha

sábado, 27 de junho de 2015

O Renascer do Outono - Prólogo

     Bom dia, boa tarde ou boa noite (seja lá a hora que você estiver lendo). Então, pessoal, como prometido, o Prólogo do livro. Vou publicar todos os sábados, até às 12h.

Prólogo


Onde estou? Um mundo sombrio e interminável: é o que vejo perante mim. Nele predominam a escuridão nos céus, não enxergo o chão. Venho buscando uma saída, com a fadiga a me atrapalhar, enquanto procuro uma ínfima presença de luz. De repente, lá está ela: uma minúscula faísca vermelha, que brilha incessantemente, chamando-me para junto de si. Será uma ilusão? Vou ao seu encontro com um intenso desespero. Tenho que ser rápida, antes que a luz suma e eu não encontre meu lugar. A insanidade tomava posse da minha alma, eu estava sedenta pela liberdade. Me aproximei, e ao tocar na faísca, um portal se abriu, mostrando-me um novo mundo, uma oportunidade a qual prontamente decidi aceitar.
   Acordei em minha antiga casa, deitada numa cama feita de ouro, com a cabeceira incrustada de diamantes. Todo o ocorrido não passara de um sonho banal e opressivo. Ao levantar, percebi que havia duas servas à minha espera, no momento em que estas, ao ouvirem o som que fiz ao despertar, bateram na porta, chamando-me para o café. Permiti que ambas entrassem para preparar meu banho de sais e ervas. A água estava morna, a temperatura ideal para tratar minha pele. Despi-me para me banhar e uma das servas entrou para servir de auxílio. Já havia passado cerca de trinta minutos desde que havia entrado na banheira, levantei-me para me secar e me vestir.
   Do corredor do meu quarto ao salão de jantar foi estirado um amplo tapete vermelho púrpura. Uma visita estava à minha espera e, para mostrar hospitalidade, tive de recebê-la. Percorri o caminho até a mesa, até que me deparei com uma linda visão. Ele tinha curtos e ralos cabelos loiros, olhos verdes e um corpo atlético. Todavia, tal visita era ninguém menos que o príncipe George Ricky, a quem fui prometida por minha mãe, rainha Kathleen Marjoriet. Encarei a rainha friamente, porém, ela me lançou um olhar depressivo, eu tinha de participar da refeição. Sentei-me à mesa, a comida nos foi servida. Estávamos os três emudecidos, o vago silêncio me fazia um tentador convite ao alucinante marfim das paredes. Após o fim da refeição, me levantei e corri para meu quarto, onde me deitei por alguns instantes. 
   Uma leve brisa serpenteou pelo quarto, fazendo meu lustre de cristal balançar, produzindo um belo som. De súbito, a paz foi abatida pelo estremecer do chão. Ouvi um forte estrondo. Fui à janela ver o ocorrido; havia um buraco no céu, de onde saíram estranhos objetos que explodiam ao tocar o chão. Desesperada, andei ligeiramente até a sala do trono, onde minha mãe estaria, entretanto, estava desocupada, com um bilhete deixado em cima do assento real.

   Por um momento, meus olhos tornaram-se negros, da íris ao globo ocular. Em um instante, uma cena que me era familiar passou diante dos meus olhos. Lembrei-me de meu pesadelo e finalmente me dei conta que não havia sonhado, mas vivenciado. Precisava ajudar meu povo, mesmo sabendo que não teria chance. Antes de tentar os ajudar, uma pessoa chegou. No momento em que olhei para seus olhos, comecei a perder os sentidos, caindo lentamente, até que ela me segurou em seus braços e, com os olhos entreabertos, pude perceber que era George.


Semana que vem tem mais! Raven está quase chegando em Róvia! Não esqueçam de clicar no +1 e compartilhar esta estória com seus amigos. 


+AdrianoGomes

     

Um comentário:

  1. Oie Adriano,
    Você possui uma escrita bem poética e melodiosa! Acompanharei o resto da estória
    Continue postando!
    Beijoas
    http://diariodeumalivromaniaca.blogspot.com.br

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